terça-feira, 9 de setembro de 2008

O que é o amor ?


Qual é a razão de viver ? Pra que estamos aqui ? Verdadeiramente.. De onde viemos, pra onde vamos ? Estamos no começo, no meio ou no fim ?
Você já se perguntou isso alguma vez ? Encontrou a resposta ?
Dizem Deus. Eu digo Amor.
Chega uma hora na vida, e ela vem muito antes de nos fazermos essas perguntas, que começamos procurar a resposta pra ela.
E passamos meses, anos pensando, compartilhando, escrevendo e delirando sobre o amor. Frustrantes. Porque a maioria de nós nunca descobrirá o que realmente é esse sentimento.
Pois falo então meus devaneios:

"O Amor nada tem há ver com um homem, com uma mulher ou com um cachorro. O amor é a felicidade concentrada em um único lugar."

Hmmm.. Quantas vezes as pessoas falam "Eu amo este lugar!",ou "Amo meu trabalho" , ou até mesmo "Amo o meu namorado!". Ué! Qual a diferença entre o lugar, o trabalho e o namorado ? Bem, a diferença é obvia, mas as semelhanças nem tanto. Sempre que vou ao Arpoador, na praia de Copacabana, sinto-me muito bem. É um lugar que costumo ir sozinho; lá penso, canto, escrevo e até rio sozinho. Eu amo o Arpoador. E qual a explicação ? O Arpoador me deu rosas ? O Arpoador me levou pra jantar ? Espero algo em troca ? Não! É de graça. Não tem um porquê. Isso é o amor. Ele é incondicional. Não veio como um troco ou por uma condição. Vou amar o arpoador em todos os momentos que eu tiver lá. No arpoador ouço as ondas batendo e imagino que em algum lugar do mundo existe um outro alguém fazendo a mesma coisa. Imagino que se eu nadar até o infinito, chego nos leõs da África; fico olhando pro céu e imaginando onde ele acaba e o porquê ele realmente é azul. Vejo as núvens e volto à infância. Olho ao redor e vejo que outras pessoas também amam o Arpoador e não tenho nenhum ciúme. Amo o Arpoador mesmo que ele ame à todos. E não importa quantas vezes vou até ele. Ele sempre vai estar lá, me esperando, para outras conversas, outras ondas, outros alguéns...

Deixe o amor acontecer. Nunca procurei um lugar que me fizesse bem. Mas todos nós temos um especial. Tenha um refúgio. Tenha uma coisa especial que só você conhece. Ame, acima de tudo, você mesmo, pois é o seu coração que o permite amar tudo.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Salada Mista

“Que salada mista hein rs... A idéia de utopia é até simples né...”

As idéias das coisas normalmente são simples... a grande maioria. Nós, em que nossos devaneios diário, fazemos questão de batê-los no liquidificador e achar que vai sair algo de bom. E sai ? ... comigo raramente. Mas às vezes sim.

Eu acho que o bom escritor é aquele que consegue atingir o maior número de pessoas com a mesma idéia. A diferença na verdade é em escrever algo pros outros ou pra gente.

O texto “Amor.. esse sentimento utópico” não foi feito pra você nem pra ninguém. Foi feito pra mim. Não saiu da cabeça.. saiu do coração.

“e eu, sinceramente não misturo esse conceito (de utopia, N.A.) com sentimentos, não vejo o porquê.”

Mas por que não ? sempre que escrevemos algo deve existir um porquê ? Saiu do coração. Não existe uma regra. Mas mesmo assim explico: utopia quer dizer, do grego, a sociedade ideal. No seu uso mais comum, a igualamos como perfeição. Perceba que ideal não é igual a perfeição; é simplesmente ideal. Então quando falo do amor utópico, estou falando do amor ideal. E repito : por que não falar do amor ideal ? Aliás amor e ideal pra mim são duas palavras muito próximas.

“o amor é condicional, mas de vez em quando (raramente) é incondicional?”

Nesse dia, resolvi conceituar amor. E o fiz, em outro devaneio, perdido numa caixa qualquer. A conclusão foi que o amor deveria ser um sentimento incondicional. Trato por incondicional algo que não depende de condição para ser executada. Se o amor entre duas ou mais pessoas existisse continuamente, qualquer desentendimento seria compreendido e perdoado. Digo desentendimento porque não passaria disso. No amor incondicional, você não faria mal a outra pessoa; por isso seria perdoado posteriormente.

Então vivemos em um amor condicional. Onde dependendo das atitudes do amado, ele acabará de uma vez ou ao passar das luas. Vivemos um amor condicional, no qual o ódio ou desconfiança o vence facilmente. Condicional ao ponto de fugir, perder amigos por ele. Condicional ao nosso emocional.

“mas de vez em quando (raramente) é incondicional?”

Sim. O amor (incondicional) é um momento. Por isso que digo.. o amor raramente é incondicional. Porque julgo que esses momentos são raros. Quantas vezes nos pegamos pensando algo do tipo: “por você, eu dormiria de meia pra virar burguês..” ? Só com o Barão.

(Aqui caberia encaixar o conceito de egoísmo. Mas o deixo para outra oportunidade)

Afinal...tem "dois amores"?

Não! O amor é um só. Segundo eu mesmo é o amor utópico. O amor que julgo sentir, deveria ter outro nome. Mas não tem. E isso nos mata...

Amor.. esse sentimento utópico

Do que vale a vida se a ninguém amamos ? Mais: do que vale a vida se ninguém nos ama ? Relacionamentos foram criados para nos ajudar a viver; Amor foi inventado para suportarmos a vida. Sem amor a vida de nada vale; não tem sentido algum.
Te amo! Essas palavras expressam sentimentos que mutas vezes não sentimos. Nada valem! Quando ditas a alguém deveria expressar um sentimento incondicional. Poucos a dizem em seu verdadeiro sentido.
O amor é relativo. Amamos quando queremos amar. Mesmo quando amamos sem querer, queremos amar. Por quê ? Porque o amor foi inventado para suportarmos a vida. Quando amamos sem querer, queremos amar para que possamos dizer: -"Estou vivo, preciso amar" - Sim! , é verdade.
O amor raramente é incondicional. Quando somos traídos, a raiva se transforma em ódio - que é um sentimento muito maior que o amor - mas mesmo assim, continuamos amando. Se reatado, o amor raramente será o mesmo. Se acaba, o sentimento que pensamos ter, acaba; o amor incondicional acaba.
Amor cura amor. Mentira! Jamais amamos duas coisas de forma igual. O amor sentido, a cada momento, é único. O amor acaba não sendo um sentimento: O amor é um momento .Por isso ele é condicional. Quando não, é perfeito. É quando a palavra utopia perde o sentido.
Mas a utopia nunca perde seu sentido. E isso faz-nos morrer!